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Freeflow CCR

Entenda o freeflow em rebreathers CCR: fluxo contínuo e não intencional de gás que altera PPO2, afeta flutuabilidade e consumo — causas, sinais e prevenção.

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Confira neste Conteúdo

Freeflow CCR: termo usado no mergulho com rebreather de circuito fechado para descrever um fluxo de gás contínuo e não intencional para dentro do loop respiratório. Também chamado de Free Flow, ocorre quando um componente permite passagem constante de oxigênio ou diluente, alterando a composição do gás e a pressão no sistema.

Em um CCR, a adição de gás deve ser controlada por sensores, eletrônica, válvulas e a respiração do mergulhador. No freeflow, esse equilíbrio se perde por falha mecânica, eletrônica ou ambiental, resultando em injeção contínua que o loop não demanda. O problema pode envolver o solenóide de O2 travado aberto, a ADV (válvula de adição automática de diluente) acionando sem necessidade, ou uma primeira etapa reguladora em mau funcionamento.

Os efeitos típicos incluem aumento rápido da flutuabilidade devido ao excesso de gás, ventilação pelo OPV (válvula de sobrepressão) com liberação visível de bolhas, consumo acelerado dos cilindros e mudanças potencialmente perigosas na pressão parcial de oxigênio (PPO2). Se o freeflow for de oxigênio, há risco de hiperóxia; se for de diluente, pode ocorrer hipóxia ou resfriamento do loop.

Sinais comuns incluem som contínuo de fluxo, sensação de enchimento do loop sem esforço inspiratório, necessidade inesperada de esvaziar o colete ou o traje para manter a profundidade e leituras do controlador variando de forma incompatível com o esforço respiratório. Em água fria, o risco aumenta por congelamento de primeira etapa, que pode manter uma válvula parcialmente aberta.

As causas mais recorrentes envolvem desgaste de vedações, contaminação por partículas, falha de solenóide, pressão intermediária fora de especificação, ajuste inadequado da ADV, e efeitos térmicos. Configurações de equipamento, manutenção e condições ambientais influenciam a probabilidade e a severidade do evento.

As consequências vão além do consumo de gás: podem comprometer o controle de flutuabilidade, a estabilidade do set point e a qualidade da respiração, impondo carga cognitiva adicional ao mergulhador. A percepção rápida e a gestão apropriada são essenciais para preservar a segurança e evitar escalonamento do problema.

No contexto de procedimentos de treinamento e prática, o freeflow é tratado como condição de anomalia que exige reconhecimento imediato e aplicação dos protocolos definidos pelo fabricante e pela agência de certificação do mergulhador. A prevenção apoia-se em inspeção pré-mergulho cuidadosa, manutenção periódica e configuração correta de pressões e válvulas.

Em resumo, Freeflow CCR designa um fluxo incontrolado e constante de gás em rebreathers de circuito fechado. É um evento crítico, diagnosticado por sinais audíveis e comportamentais do equipamento, com impacto direto na PPO2, flutuabilidade e consumo. A compreensão do fenômeno, suas origens e seus efeitos é parte fundamental do conhecimento operacional de qualquer mergulhador em CCR.

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